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Mostrando postagens de março, 2010
levo a lembrança do seu abraço de noite quente e todas as belezas que nascerem por você. não levo nenhuma lágrima, nenhuma mágoa. embalo a esperança e parto.
e você me pergunta por que falo tão fácil de amor e eu digo que é porque te amo e você ri e teme meu amor porque amor não é assim tão simples você diz, mas eu só sei te amar fácil, é simples, meu amor. e digo sim e você diz não, mas não afasto minhas mãos enquanto você se afasta sorrindo e temendo, você sumindo, você partindo e eu parindo flor. flor na mão, flor no pé, flor no peito. e a flor do seu amor me tomando, me cegando, seu amor na minha boca, eu flora, você falta. você não vê que é simples, eu fui te amando fácil e me deixei morrer de flor, meu amor.
e olhar mais uma vez seus olhos de fotografia e implorar, mais uma vez implorar para que você não se perca de mim. não se perca de mim.
eu já esqueci o som da sua voz. e tudo que eu queria era não esquecê-la...
ainda hoje, quando o telefone toca, corro sorrindo pensando que é você.
a não realidade me habita: há tempos venho vivendo uma sobrevida. é chegada a hora do pouso. voo.
tanta fome, tanta guerra, tanto fim. o aquecimento global. a paz mundial. e eu só querendo falar do amor de você.
"estar com eló era não pedir pra ir embora. embora eló não de demore em coisa alguma. e eu que havia prometido me preservar, acabara de me confundir com a paisagem de eló, e após haver lhe dado o beijo, viciei em sua língua. cada vez que eu tinha eló deitado em meu colo a sensação era de que meu coração ia parar. não se pode estar com eló por mais de três horas. morre-se de amor. quanto a eló, me perdeu de vista." (gero camilo - cleide, eló e as pêras)
do fundo do corredor do aeroporto ele vinha dizendo: carregador! carregador! carregador! esperei ele se aproximar. carregador! carregador! carregador! - hey, moço! você pode me ajudar aqui? ele olhou pra mim, nem mala, nem mochila, nem valise, nenhuma carteira de mão. só um cigarro no fim e meus olhos tristes. deu meia volta e foi embora.
colhi as flores mais bonitas: todas para você. e todo nascer do sol fotografei para te mostrar. andei cantando as mais belas canções para que meu beijo tivesse gosto de poesia quando você me beijasse. aprendi novas receitas novos gestos novos caminhos, tudo para dividir com você e te alimentar de mim. fiz o planos mais bonitos: casa amarela, rede para dois, amor perfeito no jardim. nossas madrugadas de amor e cachaça: me perfumei esperando você ligar e esperei... esperei... e as flores e os sóis e as canções. esperei... e a rede e o amor perfeito e os planos. esperei... esperei.
banho de ervas. perfume de lavanda. flor no cabelo. sacudo a poeira. enxugo o rosto de sal e sono e vou mais uma vez procurar você. (juro que um dia te encontro)
Nunca antes te escrevi uma carta, nunca houve a chance de me permitir, de deixar o sentimento dizer em palavras aquilo que fingi não ver desde o momento que meus olhos cruzaram os teus. Eu te vi chegar e partir e o que havia ficado do 'entre nós' foi aquele beijo com o céu nascendo em azul. O beijo que guardei comigo e sonhei por noites - ah, tantas noites... - que ele rompesse aquela quase manhã e ficasse por mais tempo. E você foi desaparecendo de mim até que eu não te lembrasse por dias, meses... E você aparecia, de todas as formas que você não imaginaria ter aparecido. Você. Não, eu nunca caminhei em sua direção e também não saberia explicar o que sempre me levava para o lado oposto de você. Talvez eu já soubesse. E me distraí: Fui em sua direção e meu coração ficou tão contente que eu não consigo entender como é que fiquei tanto tempo longe de você. E aquele beijo que sonhei por noites - ah, tantas noites... - me tomou numa outra quase manhã - o mesmo gesto, o mesmo gosto
o amor chegou e levou metade de mim.
fiquei pelo verde dos seus olhos.