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Mostrando postagens de março, 2011
em nosso amor de silêncio eu te oferecia meus olhos e minhas mãos e diziamos coisas que ai de mim querer palavriar. ai de mim definir o que foram nossos silêncios e as confidências que fazíamos ali, naquele pedaço de chão e céu que foi a morada do nosso amor
tenho uma saudade mar vai vem e é salgada nela pousam os barcos com nomes de pessoas que passaram que ficaram pessoas barcos saudade mar
eu te pediria pra ficar assim peito rasgado olhos molhados boca tremendo mas não peço e vou te deixando passar por mim peito rasgado olhos molhados boca tremendo te vejo cada vez mais distante e num esforço sem tamanho consigo ainda bem longe lembrar o som da sua voz a temperatura da sua pele e nenhuma lembrança é capaz de me trazer de volta os dias e noites em que éramos nós e toda alegria sem tamanho de ter dentro e fora todos os cantos forrados de amor você em outro canto eu te pediria pra ficar mas não o peito rasgado os olhos molhados a boca tremendo seu nome em mim
quando eu te olho, você me vê?
olha pra lua daí que eu olho pra ela daqui
o maior presente que você me deu: o presente!
não há mais lugar algum em mim que não tenha você nenhum ponto abandonei nossas lembranças na estrada que foi nossa morada por dias fui jogando-as pela janela uma por uma fui me livrando de você mas agora não há mais o que fazer a minha pele é a sua pele meu cheiro é o seu cheiro não tenho mais lembranças tenho você todo em mim
"e eu que havia prometido me preservar acabara de me confundir na paisagem de eló"
tenho no peito um vazio. falta-me o coração que esqueci entre os colchões, nossas roupas, tralhas de estrada. é preciso que você apareça, não demore, traga-o devolta para mim.
e é só te olhar que no meu peito dança o amor é só te olhar só você estar
mesmo na chuva há azul por detrás das nuvens