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Mostrando postagens de agosto, 2010
debaixo da minha janela tem um pé de vento com florzinhas amarelas nem bem amanhece o dia e os passarinhos já começam a cantoria brincam de pega pega corre cotia mãe da rua eu fico de olhos fechados pensando que no japão já tem lua e vou amanhecendo devagarinho vendo o sol entre as frestas trazido pelos passarinhos meu coração cheio de riso o pé de vento compondo a trilha de mais um dia céu azul e cantoria
a beleza mora no meu quintal e nós brincamos de esconder vezenquando tropeço em uma: "ai ai o meu dedão" e a beleza ri de mim meu quintal é um baú de surpresas e suspiros.
que seus olhos encaixem sempre no meu sorriso que sua mão seja meu pouso que minha morada seja em ti que meu amor sempre encontre o seu que eu saiba onde começa e nunca possa avistar o fim mesmo que eu use óculos mesmo que haja neblina mesmo que seja a curva que o fim seja nossa desculpa de começar tudo outra vez
nos meus desertos e acertos: sempre seu nome me perseguindo
mesmo te conhecendo te reconheço cada vez mais a cada vez mais em mim
eu quero morar no silêncio.
o que resta aqui é uma mala cheia de adeus encostada ao pé da cama poucos amores e muitos enganos alguma saudade duas ou três cicatrizes de quando dançavámos para a lua enlouquecidos de amor e vinho papéis encharcados de lembranças guardados como tesouro em caixas de papelão livros com páginas marcadas nomes escritos desenhos de flores o amarelo do tempo em todo canto um pedaço do que foi é tudo o que resta