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Mostrando postagens de julho, 2010
depois que você partiu de mim os meus cadernos não são mais pedaços de amor, eles são folhas linhas e tinta, tão vazios. tão tristes os meus cadernos depois que você partiu de mim. todo dia folhas linhas e tinta. o que se tornarão meus cadernos sem ti?
eu já tentei, meu bem ninguém mais que eu sabe, de todas as tentivas de te fazer canção poema te reinventar de qualquer forma mas sempre é essa vontade de falar e não poder eu te tentei escrever com outra letra desenhar você e sempre esse não saber sempre você eu tentei só eu sei
haverá um deus em cada lugar que eu estiver em cada caminho uma casa e sempre passará um rio ainda que seco raso fundo ainda assim haverá um deus em cada lugar.
eu vejo a vida me dando adeus, tem neblina nos meus olhos, eu fico vendo a vida desaparecendo na estrada...
olha, eu te pediria socorro se não houvesse essa voz engasgada no peito, eu pediria suas mãos seu colo seu abraço se não houvesse esse medo no corpo todo. há quanto tempo deixei de saber? desaprendo a cada dia, sei menos nesse momento e agora, e agora, e agora, e agora, e agora, e agora, e agora, e agora, e agora, e agora? eu fui deixando de saber as formas, os jeitos e agora estou aqui com essa voz engasgada e esse medo quase suplicando que você me olhe e me salve sem me dizer nada: só me salva no seu abraço e finge que não vê nos meus olhos que eu sou a pessoa mais triste do mundo. vai arrancando essa dor de mim repetindo com seus olhos que vai ficar tudo bem, tudo vai ficar bem, tudo bem. me salva dessa dor, desse oco, esquenta meu coração com suas mãos e finge que eu não sou a pessoa mais triste do mundo.
doer é tão sozinho.