e você me pergunta por que falo tão fácil de amor e eu digo que é porque te amo e você ri e teme meu amor porque amor não é assim tão simples você diz, mas eu só sei te amar fácil, é simples, meu amor. e digo sim e você diz não, mas não afasto minhas mãos enquanto você se afasta sorrindo e temendo, você sumindo, você partindo e eu parindo flor. flor na mão, flor no pé, flor no peito. e a flor do seu amor me tomando, me cegando, seu amor na minha boca, eu flora, você falta. você não vê que é simples, eu fui te amando fácil e me deixei morrer de flor, meu amor.
brasília, 13 de dezembro de 2024 cacaramujo: já começo essa carta sorrindo porque me dei conta de que eu queria ter te chamado de cacaracol , mas cacaramujo se antecipou e pareceu bonito. logo pensei que manoel já deveria ter dito algo sobre caramujos e ligeiro encontrei esse poema : "h á um comportamento de eternidade nos caramujos. para subir os barrancos de um rio, eles percorrem um dia inteiro até chegar amanhã. o próprio anoitecer faz parte de haver beleza nos caramujos. eles carregam com paciência o início do mundo. no geral os caramujos têm uma voz desconformada por dentro. talvez porque tenham a boca trôpega. suas verdades podem não ser. desde quando a infância nos praticava na beira do rio nunca mais deixei de saber que esses pequenos moluscos ajudam as árvores a crescer. e achei que esta história só caberia no impossível. mas não; ela cabe aqui também." "achei que essa história só caberia no impossível" faz tempo que não escrevo uma carta, me perdoe, e...
Nossa, que lindo texto! :)
ResponderExcluirEnviei o código para o teu e-mail ;)
beijos
ninguém entende, né, esse "amar fácil assim".
ResponderExcluirse é para morrer que seja de flor
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