Já amanheceu o novo ano. Estou sentada na varanda suspensa de uma casa imersa no cerrado e penso em você. Penso muitas coisas, sinto muitas coisas. O sol aparece forte e ardido do meio das nuvens cheias de chuva, são 8:40 da manhã e sinto a pele queimando enquanto te escrevo. Sinto também queimar o meio do peito, como se o coração se expandisse além da conta. Depois ele murcha e o peito fica cheio de vazio. Encontro uma garrafa de vinho e, mesmo já sendo dia, vou bebendo de gole em gole. Você foi a primeira pessoa que pensei quando virou o ano e ri pensando: “logo ela que não quer ser o centro da vida de ninguém” . Naquela comoção ansiosa dos pedidos da meia noite quase pedi que você me amasse do jeito que desejo , mas não. Pedi que, tanto você, quanto eu, não tenhamos medo. Agora o sol já me incomoda, fico agitada, m e distraio os pássaros, o som das coisas em movimento enquanto busco a palavra certa pra te dizer nessa carta também suspensa. Fazia tempo que eu não caia nesse...
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